No GP da Alemanha de 1982, que era realizado no circuito de Hockenheim, a Ferrari de Didier Pironi liderava a corrida com tranquilidade. O piloto francês vinha dominando a temporada e parecia encaminhar-se para o título mundial. No entanto, na décima volta da prova, Pironi se envolveu em um grave acidente que mudaria o rumo de sua carreira e de sua vida.

Pironi colidiu a quase 180 km/h com a Alfa Romeo de Derek Daly, que tentava uma ultrapassagem. O carro de Pironi decolou e se chocou com o guard rail, capotando várias vezes e quedando no meio da pista. Daly conseguiu escapar do acidente sem ferimentos graves.

Os primeiros socorros chegaram ao local rapidamente, mas a situação de Pironi era desesperadora. O piloto teve fraturas múltiplas nas pernas, no pulso e no tornozelo, além de lesões internas. Ele foi levado de helicóptero para o hospital, onde passou por uma cirurgia de emergência.

Apesar da gravidade dos ferimentos, Pironi conseguiu se recuperar e voltar às pistas no ano seguinte. No entanto, ele jamais seria o mesmo piloto que encantou o mundo com seu talento e sua determinação. Pironi encerrou a temporada de 1982 em segundo lugar no campeonato, atrás de Keke Rosberg.

O acidente de Pironi em Hockenheim foi um dos mais chocantes da história da Fórmula 1. Ele levantou questões sobre a segurança dos carros e das pistas na época, e motivou mudanças nas regras e nos padrões de segurança da categoria.

Pironi foi um ícone do automobilismo, um piloto habilidoso que deixou sua marca na história da Fórmula 1. Seu acidente em Hockenheim foi uma tragédia que abalou não só a comunidade do automobilismo, mas também seus fãs ao redor do mundo. Hoje, mais de trinta anos depois, sua memória ainda é lembrada com saudade e respeito pelos amantes da velocidade e da adrenalina.