A obra cinematográfica crash, baseada no livro homônimo de J.G. Ballard, explora o universo dos fetichismos e dos tabus. A história gira em torno de um grupo de pessoas que têm um fascínio pela beleza dos acidentes de carro. Esse estranho prazer dá início a uma série de encontros sexuais envolvendo os personagens.

As cenas de crash são, sem dúvida, chocantes e perturbadoras. Elas mostram os personagens envolvidos em situações extremas que envolvem sexo, violência e automóveis. No entanto, ao mesmo tempo em que o filme nos choca, ele também nos fascina, e nos faz refletir sobre nossas próprias fantasias sexuais.

O que faz com que essas cenas de estranhos prazeres nos chamem a atenção é o fato de que elas nos mostram uma realidade que foge do convencional e do aceitável socialmente. Elas nos desafiam a pensar sobre nossos próprios desejos e sobre o que realmente nos dá prazer.

Ao mesmo tempo, o filme de Cronenberg não tenta justificar ou normalizar os comportamentos retratados. Pelo contrário, ele os expõe de forma crua e sem filtros, fazendo com que o espectador se sinta desconfortável e incomodado.

O fetichismo, tema central de crash, é um assunto pouco discutido na sociedade atual. Ainda existe um tabu em torno do tema, que é visto como algo pervertido e doentio. No entanto, o filme nos mostra que os fetiches são uma parte natural da sexualidade humana, e que não devem ser vistos como algo a ser reprimido ou escondido.

Além disso, as cenas de estranhos prazeres de crash nos fazem refletir sobre a natureza humana. Elas mostram o quanto estamos dispostos a arriscar e a explorar o desconhecido em busca de prazer. E, ao mesmo tempo, elas evidenciam as nossas limitações e a nossa incapacidade de controlar nossos próprios desejos.

Por fim, o filme crash é uma obra perturbadora e desafiadora, que nos faz repensar nossas próprias fantasias e desejos. Ele nos faz questionar os limites que a sociedade impõe à nossa sexualidade, e nos lembra que todos temos nossos próprios estranhos prazeres.